quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A porta, verde. A sala, escura.
Alentados pela rubra luz penetrando à janela, dois pares de olhos se olham, cintilam. Sentem o cheiro um do outro, os pelos negros e no ar, neles, o deleite da agradável emanação dos corpos que se ordenam, se supõe, se admitem? e se. Deslocam, giram, transitam pelo espaço escuro da grandeza sombria onde são senhores. Amplo intervalo entre os limites da solidão, da natureza.
Verde, mesmo no escuro, range a porta.
Dois gatos pretos correm pelo muro.

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