domingo, 29 de abril de 2012

Ainda vivo, e enquanto sem outra dor. Não tenho destes adjetivos que atribuem a uma vida plena, acordo sem razão e não durmo: desisto. Não tenho ânsia de viver e quando uma pequena fresta de luz surge é logo envolta pela escuridão da incerteza e do desamor. Já tentei uma vez e vou esperando as dores começarem, a cada dia estão mais perto, vivo, e enquanto só com a dor da existência, pois quando as do corpo manifestarem-se vou embora de vez. Preciso de razões para finar. Creio lá estar em paz.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Cervanteando Ney

Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido

Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa

Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo

E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa