terça-feira, 11 de dezembro de 2012

13 de Julho, 6 de Dezembro. Datas, acervo, memória. Volto aos Jardins, para um soco no estômago e o coração partido. Só vai começando o verão. Ela quer viver, que viva e leve tanta beleza, graça, charme, todo esse tato divino para os braços de quem achar que te merece, todos os quilos a mais que aprendi a gostar, que falta parecem fazer. Pois te quis, agora queixo me às rosas, mas que bobagem. Sei porque não agraciava meu olfato com seu olor: estavam as rosas exalando o perfume roubado de ti. Nunca te senti cheirosa, como a tarde molhada pelo dilúvio de verão, como outras, como as flores, ainda assim. Não teve carinho, nunca me deu atenção. E venho buscando razões para levar tal negativa a sério, ainda consigo: do que eu gostava em você? Gostava de gostar. Aderi a idéia de que estou errado sempre, assim julguei justo correr atrás de algum perdão mesmo sem pecado algum. E não ter de quem gostar me cutuca, preciso gostar. 
Queria mesmo é que soubesse que nunca foi tão especial assim, e que não era Portishead que te levava ao clímax incrível que alcançava: fui eu, lindinha, todas as vezes em que traíamos algum de seus namorados.

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