sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco

Leio a Folha desde 1994, do 'boom' dos fascículos. Ainda leio todo dia, virtual ou no papel e a primeira seção visitada é a Ilustrada, pelas dicas, matérias e pelas tirinhas (e o horóscopo; "tenho instrução suficiente para não ser supersticioso mas sou"). Não lembro da primeira vez que li Geraldão ou Dona Marta, lembro a página da Folha naquele primeiro domingo, em 1994: os refugiados da fome na Etiópia, em preto e branco por Sebastião Salgado e dizia na legenda que eram imagens muito fortes para colocarem em cor.
A miséria humana.
A que descolore o fato, que mata gente. A mão que tira a vida de outro por ódio, inveja, pela sua própria incompetência. A mão que tira a vida de outra espécie por julgar que tudo aqui está para lhe servir.
Fomos perguntados há 5 anos se queríamos a proibição da comercialização de armas de fogo, e pela nossa própria (falta de) segurança decidimos que devemos ter o direito de portar uma arma de fogo. Talvez essa arma não existisse e uma vida ao menos fosse poupada. Mas vivemos em constante miséria, tornamo-nos refém dela.
Mas hoje quando a página inicial abriu o cara tava morto, e o filho.
Ainda assim li a tirinha de hoje, que segue, sinistra.


"O Socialismo ou à Barbarie". Escolhemos à barbarie.
Ainda vamos demorar uns 300 anos para enfim repousarmos no socialismo. Até lá, salve-se quem puder.

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