sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fumei um antes de sair só para garantir o estomago que logo depois do almoço desaconselha pressa ao caminhar. Andando pela Rotary o passeio gasto salta às raizes tornando cuidadosa a passada, timidamente revela-se o céu nervoso deste início de ano, quando é possível erguer o fito. Eu gosto de música cunhada na dor. Música é o meu avião. Corto o céu hostil movido pela música do aeroplano. E quando as gotas me encontram apressado no passeio decido pelo onibus: tolo engano, um blefe pluvial. O numero duzentos da João Firmino estava ali e a tarifa não tem graça.
Exames são sempre tensos. Psicotécnico é irritante. Ser reprovado é foda. Sou psicologicamente insano. Ou ela percebeu que eu estava muito lento. No banheiro descubro razões; não rezo missas, respiro e me encontro por instantes. Olhando-me nos olhos não vejo o amor que queria ver, é melhor alguém me dar um tapa antes que eu comece a enferrujar, antes da decomposição. Ela me olha, além, volte quando estiver bem.
Estava sem sistema, o retorno já estava consolidado. No passeio irregular da Frei Gaspar vou me irritando lentamente, não foi uma reprovação honesta e já puxa a perna despreparada. Almoço mais cedo na segunda. Desço pela Praça Brasil e alguém fala mal do prefeito. Atestado momentaneamente insano sento no banco pitando lícito escutando os sons da cidade temente à chuva, penso na doutora e sinto tesão pelo seu zelo. Olhando pelo retrovisor posso fazer isso desaparecer sem medo.

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