Deitei de lado, as costas doíam horrores e o conforto não faz questão de abraçar quem vem o desprezando há tempos. Os contornos do rosto de ninguém vem mais à escuridão embalar meu sono. A planta não floresceu ainda, devo escrever para tentar entender esta entressafra de ilusões. É ruim não poder dormir ao som de Haydn, nem ter com quem sonhar, nem fumar para poder viver. Todo fim de março é a mesma pasmaceira, àquela que me fez andar sob o sol que funde o asfalto devo inércia. Respiro; troco o lado e, traído pela fresta, ataca-me um raio de luz. Veio como barra de ferro à cabeça do desavisado.
Finalmente cessam as dores e nada mais lembro.
Finalmente cessam as dores e nada mais lembro.
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